segunda-feira, 19 de março de 2012

um sussurro

Vi o Céu hoje!
Um infinito de espaço e vazios. Estrelas, planetas, constelações, alinhamentos, anos-luz e neblosas.
Mitologias cheias das eternas perguntas do Homem.
Uma imensidão que me emocionou.

E chorei, baixinho, por sentir o peso da importancia que me dou...

quarta-feira, 14 de março de 2012

O LADO SUBTIL


em todo este Mundo onde nos movemos há um lado subtil. Em cada agir, em cada contemplação.
Naquele milésimo de segundo que precede o passo dado, a decisão tomada, a palavra pronunciada, habita uma eternidade subtil. Um ponto, um momento minúsculo, imprecetivel quando não se está em contacto, mas que marca tudo, tudinho.
Mortifica o quase, o talvez e descongela a intenção. Desconstrói o conceito e desarruma a razão.

Em cada palavra existe a subtileza do não-dito. está lá: no sentimento que se encontra sob sua pronuncia. está lá: no timbre da voz, num olhar desviado, no queixo que treme de vulneberalidade.
Há um lado subtil no olhar ausente de um gato, num pássaro que parece não dar por nós. Olha-se para as nuvens, construindo-se mil formas de infância, pára-se o pensar, fecha-se o olhar para fora e sente-se a Terra a girar conosco e corremos com as nuvens, disolvendo-nos na subtileza das formas da memória.


E a memória, essa...quantas subtilezas!!! Quantas verdades construídas por puzles, que tanto encaixámos nos moldes do desejo, que às tantas a história fica lá, eternizada no cantinho da esperança...numa verdade frágil de tão subtil.


Até nos alimentos que se ingerem está a subtileza da mão que os cozinha e que os oferece. Quem nunca provou o sabor do amor numa sopa feita de mãos de mães? Quem nunca sentiu o amargo de uma refeição com sabor a solidão?
e...que maior subtileza haverá que sentir os agoras . . .

quinta-feira, 8 de março de 2012

parar o Mundo



Que tenho o olhar limpo...que tenho os olhos claros: dizes-me. Se sempre me vi bonita: perguntas-me...


Não, meu amigo...tempo houve em que não me encontrava beleza alguma. Tenho-me conquistado. re-encontrado. E porque me sei bonita, e porque me sei pureza, tenho o olhar limpido.


Já dizia a sabedoria popular: os olhos são o espelho da alma...e não é?


Vejo mais do que alguma vez vi. se vejo tudo? Possívelmente não. não sei. isso não é importante. Só o agora importa e é verdade.


Sei, contudo, que existe um mundo subtil a todo este mundo onde nos habituámos a viver na consciência do corpo. e numa primeira atenção, parece ser só assim, como se nos apresenta aos nossos orgãos dos sentidos.


Parando o olhar, introvertida, mas muito consciente e de olhos limpos, vejo numa segunda atenção todo o subtil que se encontra em todas as pequenas coisas. Vejo vida na Lua!


E é tão bonito.


Consigo parar o mundo!