quinta-feira, 8 de junho de 2017

Meu amor

Dançarei para ti de útero cheio se te descalçares de todo o mundo.
uma união só nossa, caminhantes, amantes...saberemos ser tudo sagrado e tocaremos o seu infinito conhecimento com as consciências que somos.
Cresceremos juntos. Morreremos para as coisas do mundo, pois sabemos o mais além.
Estaríamos inteiros e dançaríamos sob as luas de mãos dadas...sem colos... 

Quão especial seria esse encontro!

Que doce seria ser-se eternamente criança, mas não são assim os ciclos, as idades. o rodopiar infinito da ilusão do tempo.
Crescer é também abrir os olhos da consciência. 
Seremos sempre tão frágeis. Se eu pudesse tomar-te-ia em meu colo e deixar-te-ia ser eternamente bebé...mas sou ainda tão pequenina e assustada com as perguntas que faço ao mundo.

e se vier tristeza saberei recebê-la...
e se vier ausência saberei aceitá-la ... e assim enterrar, por fim, a menina abandonada...lá, no conforto do passado.

Meu amor, meu ser magnificamente pequeno...vem...descalça-te só para mim . . .