Há muita gente muda.
são estes, os caladinhos da vida, que por dentro falam e dizem tudo. são normalmente esses que deliberam as suas formas de solidão. porque na verdade nunca estão sozinhos.
Sinto-me tão quente, imersa nesta febre que teima em não me deixar as carnes. e fervo...fervo...por tentar explicar-me no meio desta cura surreal...fervo por fazer surgir de respostas mais perguntas. por procurar os eternos caminhos da Paz.
Sempre a busca do silêncio. dessa saúde.
e o barulho da queda de um espírito que deixa de sonhar...já ouviram? tão agudo que dói
Mas... ruidoso mesmo, é o silêncio de uma solidão forçada por um corpo que adoece. é uma vida que precisa de ar, que quer mais vida.
Tal alma unida a uma corpo que não se deixa viver no planeta dos sentidos, qual 'Borboleta e o Escafandro'... e depois há esta pele doente que quer cair. e esta nova pele que se começa a formar e que deseja tanto encontrar o Deus do Homem. E se não encontrar. pelo menos acreditar que se encontra...o que no fundo acaba por ser a mesma coisa.
o silêncio...o silêncio...é também responsabilidade....o silêncio é uma violência quando de nós esperam uma palavra.
Devagarinho aproxima-se um vulto, não lhe consigo ver os detalhes nem traçar contornos: é a nova pele! está tão protegida. não está sozinha... vem no regaço da escolha calma, suspenso pela espera
é tão doce
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