sábado, 7 de maio de 2011

Ainda tudo é tão nada



Tenho o olhar triste hoje.
Penso muito.. penso demasiado, acho.
Idealizo Martas...idealizo Marta destemida, dinâmica, amiga, energética, sem medos, trabalhadora, responsável... blá blá blá. E penso se o porquê destas idealizações é genuíno? é verdade? Não serão essas Martas uma vez mais a projecção do gosto dos outros?
Hoje tenho o olhar triste pois sinto que ninguém me vê, e se por um lado finjo que isso não me toca, por outro - o mais duro - sofro com isso. A verdade é que sim, gostava de se vista. Mas como? se não me deixo ver...não me permito...
O meu olhar está triste hoje porque me sinto perdida no meio de mim. Uma estranha.
Tenho uma estranha cá dentro.
Todos os que povoam o meu mundo me parecem estranhos também, e eu serei uma estranha para todos...porque não me vêem...eu não deixo. Nem sei que deixar...já não sei que mostrar. Não sei como me mostrar. Não sei como olhar, e por isso o meu olhar está tão triste.
Tenho medo de não conseguir ver mais que isto. tenho tantos medos afinal. ainda tudo é tão nada, que sinto medo.

Assustada com esta estranha cá dentro. Só quero apresentar-me a ela, conhecê-la e deixar de ter o olhar triste. Porque não se vive no medo. Não se vive na mentira da ignorância.


Ainda tudo é tão nada.

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