sexta-feira, 3 de setembro de 2010

C A C O S

Era um fantasma, eu era sombra...parti-me...perdi-me em pedaços mil
apanho um caco ali outro aqui
já me doi as costas de tanto andar de joelhos em busca dos cacos perdidos
ergo-me então
levanto a cabeça, olho em volta... vejo mais estilhaços do que fui e...sou?
há estilhaços espelhados...são olhos, são vozes nos quais eu vejo o meu reflexo
hoje eram tantos os olhos...tantas as vozes
estou exausta de tanto me ver...de tanto ser vista
c a o s
só quero paz
só quero olhar para dentro

ouço ainda as tuas lágrimas de hoje...fingi que não estavam lá...libertei um sorriso...mas ouço-as...fazem ecos
doi-me sentir-te assim...tenho tantas saudades do teu abraço
porra pá: porque choras??? não vês o quanto te amo?
foste o diamante dos meus cacos...mas já não quero riquezas
senão as da alma que busco

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