podia ter sido um dia como outro qualquer. acontece que os dias agora nunca são mais do mesmo. assim ... como qualquer dia, foi um dia especial. vi-me então. estava deitada no chão. mal me vi porque estava quase transparente, era uma mulher fantasma que reconheci. era o eu de então. peguei-lhe na mão e disse: "acredito em ti...acreditas em mim?..então dá-me a tua mão e vamos voar", olhou-me com o que lhe restava de um olhar quase morto e deixou-se levar. abracei-a, mimei-a, acarinhei-a, peguei nela ao colo e lá fomos.
nesse dia estava cansanda de não entender as pessoas que se queixam muito. descobri que tenho um limite de sociabilização. ultrapassado esse limite, desligo e fico ali . . . ausente. isso acontece-me quando não quero participar nos queixumes dos demais, no dizer porque é o que se diz, no seguir a moda do choradinho da crise, no consentir da desmotivação generalizada, e nas doenças??!! puffttt..é incrível: porque falam tanto as pessoas das suas dores nas costas, na tosse, nas suas dores de cabeça intermináveis, será qe ficam melhor ao falarem? ou é como aquela coisa de se falar do tempo porque não se tem mais nada para dizer!? mas o mais incrível é que todos participam, e medem as suas dores uns com os outros...é no mínimo um fenómeno curioso mas... epá..calem-se!!!????...não me chateiem com histórias para não dormir, porque noites sem dormir já tive muitas, e de nada me valeram a não ser isso: noites sem dormir...mais nada!
e numa mesa em que todos participavam num lacrimejar de palavras, alguém me disse que fazer o que não se gosta tem destas coisas..."fazer o que não se gosta??!!! o que é isso?" - perguntei...o silêncio que se sentiu na mesa foi deliciosamente constrangedor!! e eu ria por dentro, gargalhadas sussurradas pelo que já não tenho em mim, porque o aceitei, assim como aceitei tudo o que tiver que fazer...e se não gosto aprendo a gostar...nada mais.
foi então que todas as Martas deram as mãos e sairam a voar pela janela. e cantaram. cantavam num grito tão mudo que toda aquela gente à volta da mesa se silênciou...por fim
nesse dia estava cansanda de não entender as pessoas que se queixam muito. descobri que tenho um limite de sociabilização. ultrapassado esse limite, desligo e fico ali . . . ausente. isso acontece-me quando não quero participar nos queixumes dos demais, no dizer porque é o que se diz, no seguir a moda do choradinho da crise, no consentir da desmotivação generalizada, e nas doenças??!! puffttt..é incrível: porque falam tanto as pessoas das suas dores nas costas, na tosse, nas suas dores de cabeça intermináveis, será qe ficam melhor ao falarem? ou é como aquela coisa de se falar do tempo porque não se tem mais nada para dizer!? mas o mais incrível é que todos participam, e medem as suas dores uns com os outros...é no mínimo um fenómeno curioso mas... epá..calem-se!!!????...não me chateiem com histórias para não dormir, porque noites sem dormir já tive muitas, e de nada me valeram a não ser isso: noites sem dormir...mais nada!
e numa mesa em que todos participavam num lacrimejar de palavras, alguém me disse que fazer o que não se gosta tem destas coisas..."fazer o que não se gosta??!!! o que é isso?" - perguntei...o silêncio que se sentiu na mesa foi deliciosamente constrangedor!! e eu ria por dentro, gargalhadas sussurradas pelo que já não tenho em mim, porque o aceitei, assim como aceitei tudo o que tiver que fazer...e se não gosto aprendo a gostar...nada mais.
foi então que todas as Martas deram as mãos e sairam a voar pela janela. e cantaram. cantavam num grito tão mudo que toda aquela gente à volta da mesa se silênciou...por fim