Se soubesse onde estou em todos os momentos. se me soubesse pertencer a cada momento onde aconteço, saberia tudo o que quero dizer e sentiria o silêncio que me urge.
Os meus pensamentos tropeçam tanto que quase não os agarro. São como ingredientes de um bolo caseiro daqueles que não conseguimos definir a que sabe. onde o olfacto não chega nem a visão alcança.
Os meus pensamentos tropeçam tanto que quase não os agarro. São como ingredientes de um bolo caseiro daqueles que não conseguimos definir a que sabe. onde o olfacto não chega nem a visão alcança.
Como se faz chegar o coração ao que os sentidos desconhecem?
Preciso de me render. deixar-me só sentir. sentar-me no cume de uma montanha e respirar. longe. muito longe...onde toca o infinito. tão longe quanto a distância que me separa de mim. Ficar ali até me perdoar. só descer quando já não houver distância, nem tempo, nem ar que me separe do que me procuro. regressar só quando me quiser sempre onde estou, quando vir que tudo o que tenho é tudo o que preciso. e que tudo o que tenho, sou eu...que é afinal tudo do que preciso. E assim sentir-me digna de quem me recebe e aceita.de quem se me dá. sentir-me digna de mim.
Sinto um cansaço delicioso de busca. é o cansaço do quase encontro. mas estou exausta de precisar. Esta é uma dor nova. uma dor de vida. de cura. recebo-me num abraço que já sei dar. vejo-me no interior das minhas cicratrizes privadas que me envolvem com carinho porque me sabem a sarar. Preciso do mais íntimo dos encontros...e...por enquanto preciso de precisar.
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