Há sempre um outro lado. De tudo. para tudo há o outro lado.
No outro dia vi um filme que falava sobre os mundos imaginárioas das pessoas e de como isso as libertava. Em forma de um conto fabulesco, as pessoas atravessavam um espelho e, sem saberem, no outro lado encontravam o mundo das suas imaginações. encontravam os seus recantos mais íntimos, mais assustadores e mais encantados.
Conhecer-se pode ser assustador, mas a coragem que esse acto implica oferece uma liberdade sem precedentes.
Penetrei no imaginário daquelas personagens e vi-me em cada uma delas.
À velocidade da luz desejei entrar por aquele espelho e imaginei como seria o meu mundo do outro lado de mim: tudo que lá estivesses teria a beleza de todos os mundos e estaría banhado por uma música silenciosa. Uma música que só se ouviría com o coração e sería a música mais linda que alguma vez tivesse ouvido! tudo era Natureza, inclusivé eu e todos os que lá estivessem. todos se olhavam nos olhos porque não existiría culpa, vergonha, inveja ou medo. todos se tocaríam ao som do amor porque se sabia aceitar a dor. todos seríamos amor afinal. e saberíamos o que fazer com isso.
Os bosques ofereciam-nos as frutas mais deliciosas e as árvores sorriam, porque recebiam o nosso abraço. As águas eram limpas, cheias de libelinhas de cores nunca vistas. tudo era morninho, não havia frio nem calor. os animais seríamos todos e saberíamos o que precisamos de saber: nem mais, nem menos.
Cheirava a rosmaninho a rosas e a mel.
Havia cavalos azuis e animais centenários. havia oxigenio em todo o lado e poderíamos respirar dentro de água. poderíamos voar e caminhar num caminho de nuvens roxas e tocar o arco-íris.
Lá, do outro lado do espelho, seria tudo o que quisesse ser. e melhor: sabería tudo o que queira ser e acreditava poder sê-lo sem nunca ser tarde nem cedo para tal.
Todo o tempo era o certo. todo o momento era o agora que se quisesse viver. e melhor: viver-se-ía! Todo o espaço sería o de cada um. e melhor: faría parte dele por inteiro.
O passado seria uma anacronia e o futuro uma utopia. só o momento existia!
Estaría inteira. completa. não sentiría falta de nada porque aceitava o que lá estivesse para mim. Não havería o desejo infundado porque tería tudo o que desejasse...tería-me a mim!
Não havería frustação, porque se desconhecia esse sentimento e a perda afinal era um ganho.
E os pensamentos...esses...seríam apenas prolongamentos do melhor da alma e seríam sempre bem vindos. seríam sempre bonitos e limpos e encaminharíam as acções igualmente bonitas e limpas.
As lágrimas seriam fragmentos de sorrisos, porque se sabia crecher com elas. e sabiam bem, sabiam a algodão doce. e os sorrisos, esses, seriam sempre genuínos, seriam sempre os de criança.
Tudo sería uma tela em branco. uma tela por pintar. tudo estraría por pintar. sempre.
o fim era algo desconhecido. não era preciso. não existia.
Fecho os olhos e desejo-me lá, no outro lado do espelho, no outro lado de mim. e quero-me lá.
vou pegar em mim ao colo, dar-me um abraço, e voar para lá e assim ficar em estado de sonho. aceitar os meus arredores mais repulsivos e dar-me um beijinho.
Hei-de sonhar...sonhar...até acordar...e mesmo acordada sonhar mais.
o sonho apetece mais e vou por lá ficar hoje...no outro lado.
No outro dia vi um filme que falava sobre os mundos imaginárioas das pessoas e de como isso as libertava. Em forma de um conto fabulesco, as pessoas atravessavam um espelho e, sem saberem, no outro lado encontravam o mundo das suas imaginações. encontravam os seus recantos mais íntimos, mais assustadores e mais encantados.
Conhecer-se pode ser assustador, mas a coragem que esse acto implica oferece uma liberdade sem precedentes.
Penetrei no imaginário daquelas personagens e vi-me em cada uma delas.
À velocidade da luz desejei entrar por aquele espelho e imaginei como seria o meu mundo do outro lado de mim: tudo que lá estivesses teria a beleza de todos os mundos e estaría banhado por uma música silenciosa. Uma música que só se ouviría com o coração e sería a música mais linda que alguma vez tivesse ouvido! tudo era Natureza, inclusivé eu e todos os que lá estivessem. todos se olhavam nos olhos porque não existiría culpa, vergonha, inveja ou medo. todos se tocaríam ao som do amor porque se sabia aceitar a dor. todos seríamos amor afinal. e saberíamos o que fazer com isso.
Os bosques ofereciam-nos as frutas mais deliciosas e as árvores sorriam, porque recebiam o nosso abraço. As águas eram limpas, cheias de libelinhas de cores nunca vistas. tudo era morninho, não havia frio nem calor. os animais seríamos todos e saberíamos o que precisamos de saber: nem mais, nem menos.
Cheirava a rosmaninho a rosas e a mel.
Havia cavalos azuis e animais centenários. havia oxigenio em todo o lado e poderíamos respirar dentro de água. poderíamos voar e caminhar num caminho de nuvens roxas e tocar o arco-íris.
Lá, do outro lado do espelho, seria tudo o que quisesse ser. e melhor: sabería tudo o que queira ser e acreditava poder sê-lo sem nunca ser tarde nem cedo para tal.
Todo o tempo era o certo. todo o momento era o agora que se quisesse viver. e melhor: viver-se-ía! Todo o espaço sería o de cada um. e melhor: faría parte dele por inteiro.
O passado seria uma anacronia e o futuro uma utopia. só o momento existia!
Estaría inteira. completa. não sentiría falta de nada porque aceitava o que lá estivesse para mim. Não havería o desejo infundado porque tería tudo o que desejasse...tería-me a mim!
Não havería frustação, porque se desconhecia esse sentimento e a perda afinal era um ganho.
E os pensamentos...esses...seríam apenas prolongamentos do melhor da alma e seríam sempre bem vindos. seríam sempre bonitos e limpos e encaminharíam as acções igualmente bonitas e limpas.
As lágrimas seriam fragmentos de sorrisos, porque se sabia crecher com elas. e sabiam bem, sabiam a algodão doce. e os sorrisos, esses, seriam sempre genuínos, seriam sempre os de criança.
Tudo sería uma tela em branco. uma tela por pintar. tudo estraría por pintar. sempre.
o fim era algo desconhecido. não era preciso. não existia.
Fecho os olhos e desejo-me lá, no outro lado do espelho, no outro lado de mim. e quero-me lá.
vou pegar em mim ao colo, dar-me um abraço, e voar para lá e assim ficar em estado de sonho. aceitar os meus arredores mais repulsivos e dar-me um beijinho.
Hei-de sonhar...sonhar...até acordar...e mesmo acordada sonhar mais.
o sonho apetece mais e vou por lá ficar hoje...no outro lado.