quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Encontrei um pedaço de Marta que julgava desaparecido! Estava aí, onde me vês. e descobri-me nesse pedaço encantado pela sabedoria do receber. E agora aqui a sentir este vento da planície abro os braços e sussurro baixinho para que ninguém ouça: bem-vindo!
Era aí, onde me buscas, que gostava de estar.
Não ouviste o tempo a parar? ficou ali...assim...congelado. Ainda lá estou, nesse tempo, que afinal não parou e é agora uma presença feita de ausência.

Sei que me procuras num sitio cheio da beleza do mundo, com cheiro a menjericão e de pinheiros lavados por esta chuva de Verão. e recebo 33 abraços sentidos de quase Outono. e é bom.
Os teus olhos contam-me histórias que de ti nunca tinha ouvido. Tens recantos que adoro. Arredores limpos: como é possível ainda haver pureza? Há almas assim. E quando as encontro quero-as em mim. para mim.

Não imaginas a vida que me deste!

Pertences a uma espécie em vias de extinção. Uma raça de seres que sentem e procuram, dentro de si, o sentido desta treta toda, a que chamamos existência.

não te vás embora. quero-te nos meus mundos!

É novo este sentir e não o entendo. Faz barulho. Ruídos estranhos, misteriosos. Estou curiosa sem saber o que procuro. Porque é mesmo só isso. O novo. como quando vi pirilampos pela primeira vez.

E grito muda porque já tenho saudades do que nem sei. Não me ouves?
Gosto desse mimo que não sei receber. Gosto deste rir que me faz doer a barriga. Gosto desta nudez desavergonhada. Gosto desta conversa interminavél. Gosto deste não desejo de ausência. Gosto de ser vista por ti. Gosto tanto deste pedaço meu que encontrei. e por enqunto só sei mesmo isto...nada mais.
Agora aqui sentada, falo contigo em silêncio, e só queria que me chegassem as palavras para o que sinto. É-que bolas!!! não me chegam as palavras para o que sinto...
Sempre este viver antecipado. Porque raios vejo tudo sempre tão complicado?
ai...que já estou com saudades.

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